quinta-feira, 7 de abril de 2011

Remédios e cilindros são distribuídos pelo SUS OJornal Estado de São Paulo, Publicou uma matéria sobre DPOC, no dia 07 de Março, confira!

- O Estado de S.Paulo
Meu coração é de Jesus, mas meu pulmão é da Souza Cruz. Esse ditado antigo, hoje completamente em desuso, marcou a juventude do vendedor Manoel de Souza Machado Júnior, hoje com 80 anos. Quando eu era jovem, era preciso fumar para ser homem, conta.
 
Machado Júnior chegou a fumar três maços de cigarro por dia ao longo de 36 anos ininterruptos. Hoje sofre de bronquite crônica e enfisema pulmonar e precisa ficar o tempo todo ligado a um cilindro de oxigênio.
 
Sinto dificuldade para comer, pois cansa muito mastigar. Não posso subir escada e até mesmo andar é difícil. Coisas simples, como tomar banho ou pentear o cabelo, se tornaram muito complicadas, diz.
 
Faz mais de 20 anos que o aposentado parou de fumar, mas o dano provocado em seu pulmão não regrediu mesmo com tratamento adequado.
 
O pneumologista Roberto Stirbulov explica que a inflamação causada nos brônquios pelo cigarro é mais grave que a inflamação da asma.
 
Nem com medicamentos é possível reverter o estreitamento das vias respiratórias, no entanto, há broncodilatadores de ação prolongada que aliviam a falta de ar, explica.
 
Hoje os medicamentos e os cilindros para a oxigenoterapia já estão disponíveis na rede pública, devido em boa parte à ação da Associação Brasileira Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, presidida por Machado Júnior.
 
Segundo dados da entidade, o número de vítimas de DPOC cresceu 340% no Brasil. Estima-se que a doença pode ser tornar, em alguns anos, uma das quatro principais causas de morte, ao lado de doenças cardiovasculares e câncer.
 
Estima-se que atualmente existam sete milhões de indivíduos com DPOC no País. Desses, 70% são portadores de casos leves ou moderados, e 30% têm a forma mais grave da doença.


FONTE: Associação Brasileira DPOC

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