Existem disponíveis em muitos países normas de tratamento clínico da DPOC. Foi desenvolvida uma nova norma de consenso internacional pela Iniciativa Global para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease - GOLD). Esta declara que os objectivos do tratamento da DPOC são:
* Prevenir a progressão da doença;
* Aliviar os sintomas;
* Melhorar a tolerância ao exercício e o estado de saúde;
* Prevenir e tratar complicações;
* Prevenir e tratar exacerbações;
* Reduzir a mortalidade.
Um passo fundamental no tratamento da DPOC é eliminar ou reduzir ainda mais a irritação pulmonar. Os dois agentes irritantes mais comuns que contribuem para a progressão da DPOC são o tabagismo e os poluentes ambientais. A exposição a estes factores de risco deve ser reduzida ou eliminada.
Demonstrou-se que a simples abstenção tabágica (e, em alguns casos avançados de DPOC, a terapia com oxigénio) reduz a mortalidade. As pessoas que deixam de fumar conseguem abrandar a taxa de declínio da função pulmonar, mas nunca conseguem readquirir a já perdida.
Além de se evitarem os factores de risco conhecidos, existem disponíveis tratamentos farmacêuticos para a DPOC e seus sintomas mais vulgares. Os tratamentos mais comuns incluem:
Broncodilatadores
Os broncodilatadores são considerados a pedra angular do tratamento sintomático da DPOC. Os grupos principais de broncodilatadores utilizados no tratamento da DPOC incluem:
* Anticolinérgicos: actuam contrariando a acção broncoconstrictora do sistema nervoso parassimpático, através do bloqueio dos receptores colinérgicos. Isto leva à broncodilatação;
* Agonistas beta (acção curta ou prolongada): actuam estimulando directamente os receptores beta2 no músculo liso das vias aéreas, o que leva à broncodilatação. Os agonistas beta2 (AB) estão subdivididos em duas subcategorias baseadas na sua duração de acção (acção curta - SABA - e acção prolongada - LABA);
* Metilxantinas: a teofilina, um dos mais antigos broncodilatadores, é o membro mais conhecido desta classe. É mais frequentemente prescrito como parte de uma terapêutica de combinação.
Corticosteróides
Estes fármacos anti-inflamatórios são utilizados como terapêutica de manutenção no estádio inicial da asma. Contudo, o seu uso habitual na DPOC não é, geralmente, recomendado nas normas de tratamento em estadios de menor gravidade da doença. Os CSI (corticosteróides inalados) podem ajudar os doentes com DPOC grave e muito grave, que sofram de exacerbações frequentes.
Fonte: paraquenaolhefalteoar.com/slpage_info.php?id=28
DPOC PIAUÍ
Espaço dedicado aos amigos e portadores de DPOC. Especialmente aos piauienses.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
O que é?
A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade para a respiração. A maioria das pessoas com esta doença apresentam tanto as características da bronquite crônica quanto as do enfisema pulmonar. Nestes casos, chamamos a doença de DPOC. Quando usamos o termo DPOC de forma genérica, estamos nos referindo a todas as doenças pulmonares obstrutivas crônicas mais comuns: bronquite crônica, enfisema pulmonar, asma brônquica e bronquiectasias. No entanto, na maioria das vezes, ao falarmos em DPOC propriamente dito, nos referimos à bronquite crônica e ao enfisema pulmonar.
A bronquite crônica está presente quando uma pessoa tem tosse produtiva (com catarro) na maioria dos dias, por pelo menos três meses ao ano, em dois anos consecutivos. Mas outras causas para tosse crônica, como infecções respiratórias e tumores, tem que ser excluídas para que o diagnóstico de bronquite crônica seja firmado.
O enfisema pulmonar está presente quando muitos alvéolos nos pulmões estão destruídos e os restantes ficam com o seu funcionamento alterado. Os pulmões são compostos por incontáveis alvéolos, que são diminutos sacos de ar, onde entra o oxigênio e sai o gás carbônico.
Na DPOC há uma obstrução ao fluxo de ar, que ocorre, na maioria dos casos, devido ao tabagismo de longa data. Esta limitação no fluxo de ar não é completamente reversível e, geralmente, vai progredindo com o passar dos anos.
Como se desenvolve?
O DPOC se desenvolve após vários anos de tabagismo ou exposição à poeira (em torno de 30 anos), levando à danos em todas as vias respiratórias, incluindo os pulmões. Estes danos podem ser permanentes. O fumo contém irritantes que inflamam as vias respiratórias e causam alterações que podem levar à doença obstrutiva crônica.
O que se sente?
Os sintomas típicos de DPOC são: tosse, produção de catarro e encurtamento da respiração. Algumas pessoas desenvolvem uma limitação gradual aos exercícios, mas a tosse somente aparece eventualmente. Outras, costumam ter tosse com expectoração (catarro) durante o dia, principalmente pela manhã, e tem maior facilidade de contrair infecções respiratórias. Neste caso, a tosse piora, o escarro (catarro) torna-se esverdeado ou amarelado, e a falta de ar poderá piorar, surgindo, às vezes, chiado no peito (sibilância). À medida que os anos passam e a pessoa segue fumando, a falta de ar vai evoluindo. Pode começar a aparecer com atividades mínimas, como se vestir ou se pentear, por exemplo. Algumas pessoas com DPOC grave poderão apresentar uma fraqueza no funcionamento do coração, com o aparecimento de inchaço nos pés e nas pernas.
Como o médico faz o diagnóstico?
O médico faz o diagnóstico baseado nas alterações identificadas no exame físico, aliado às alterações referidas pelo paciente e sua longa exposição ao fumo. O médico poderá, ainda, solicitar exames de imagem ou de função pulmonar, além de exames de sangue. Todos estes exames complementares irão corroborar o diagnóstico de DPOC. Os exames de imagem, como a radiografia ou a tomografia computadorizada do tórax mostrarão alterações características da doença. A espirometria, que é um exame que demonstra como está a função pulmonar, usualmente demonstra a diminuição dos fluxos aéreos. Neste exame, a pessoa puxa o ar fundo e assopra num aparelho que medirá os fluxos e volumes pulmonares. Outro exame importante é a gasometria arterial, em que é retirado sangue de uma artéria do paciente e nele é medida a quantidade de oxigênio. Nas pessoas com DPOC, a oxigenação está freqüentemente diminuída.
Como se trata?
A primeira coisa a fazer é parar de fumar. Nas pessoas com muita dificuldade para abandonar o fumo, podem ser utilizadas medicações que diminuem os sintomas causados pela abstinência deste. Os broncodilatadores são medicamentos muito importantes no tratamento. Podem ser utilizados de várias formas: através de nebulizadores, nebulímetros (sprays ou "bombinhas"), turbohaler ( um tipo de "bombinha" que se inala um pó seco ), rotadisks (uma "bombinha" com formato de disco que se inala um pó seco), comprimidos, xaropes ou cápsulas de inalar. Os médicos costumam indicar estes medicamentos através de nebulímetros, turbohaler, cápsulas inalatórias ou nebulizadores, por terem efeito mais rápido e eficaz, além de contabilizarem menos efeitos colaterais. Contudo, os medicamentos corticosteróides também podem ser úteis no tratamento de alguns pacientes com DPOC. O uso de oxigênio domiciliar também poderá ser necessário no tratamento da pessoa com DPOC, melhorando a qualidade e prolongando a vida do doente. Além disso, a reabilitação pulmonar através de orientações e exercícios também poderá ser indicada pelo médico com o intuito de diminuir os sintomas da doença, a incapacidade e as limitações do indivíduo, tornando o seu dia-a-dia mais fácil.
Devemos lembrar a importância da vacinação contra a gripe (anual) e pneumonia, que, geralmente, é feita uma única vez.
Como se previne?
Evitar o fumo é a única forma de prevenção da doença. A terapia de reposição de nicotina ou o uso de uma medicação chamada bupropiona poderá auxiliar neste sentido.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Tem como o médico antever os casos de fumantes que evoluirão para tal doença?
Quais as principais diferenças entre a DPOC e a asma brônquica?
O que há de novo em relação ao tratamento da DPOC?
Quais os pacientes que deverão fazer a reabilitação pulmonar como auxílio no tratamento?
Fonte: abcdasaude.com.br/artigo.php?157
A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade para a respiração. A maioria das pessoas com esta doença apresentam tanto as características da bronquite crônica quanto as do enfisema pulmonar. Nestes casos, chamamos a doença de DPOC. Quando usamos o termo DPOC de forma genérica, estamos nos referindo a todas as doenças pulmonares obstrutivas crônicas mais comuns: bronquite crônica, enfisema pulmonar, asma brônquica e bronquiectasias. No entanto, na maioria das vezes, ao falarmos em DPOC propriamente dito, nos referimos à bronquite crônica e ao enfisema pulmonar.
A bronquite crônica está presente quando uma pessoa tem tosse produtiva (com catarro) na maioria dos dias, por pelo menos três meses ao ano, em dois anos consecutivos. Mas outras causas para tosse crônica, como infecções respiratórias e tumores, tem que ser excluídas para que o diagnóstico de bronquite crônica seja firmado.
O enfisema pulmonar está presente quando muitos alvéolos nos pulmões estão destruídos e os restantes ficam com o seu funcionamento alterado. Os pulmões são compostos por incontáveis alvéolos, que são diminutos sacos de ar, onde entra o oxigênio e sai o gás carbônico.
Na DPOC há uma obstrução ao fluxo de ar, que ocorre, na maioria dos casos, devido ao tabagismo de longa data. Esta limitação no fluxo de ar não é completamente reversível e, geralmente, vai progredindo com o passar dos anos.
Como se desenvolve?
O DPOC se desenvolve após vários anos de tabagismo ou exposição à poeira (em torno de 30 anos), levando à danos em todas as vias respiratórias, incluindo os pulmões. Estes danos podem ser permanentes. O fumo contém irritantes que inflamam as vias respiratórias e causam alterações que podem levar à doença obstrutiva crônica.
O que se sente?
Os sintomas típicos de DPOC são: tosse, produção de catarro e encurtamento da respiração. Algumas pessoas desenvolvem uma limitação gradual aos exercícios, mas a tosse somente aparece eventualmente. Outras, costumam ter tosse com expectoração (catarro) durante o dia, principalmente pela manhã, e tem maior facilidade de contrair infecções respiratórias. Neste caso, a tosse piora, o escarro (catarro) torna-se esverdeado ou amarelado, e a falta de ar poderá piorar, surgindo, às vezes, chiado no peito (sibilância). À medida que os anos passam e a pessoa segue fumando, a falta de ar vai evoluindo. Pode começar a aparecer com atividades mínimas, como se vestir ou se pentear, por exemplo. Algumas pessoas com DPOC grave poderão apresentar uma fraqueza no funcionamento do coração, com o aparecimento de inchaço nos pés e nas pernas.
Como o médico faz o diagnóstico?
O médico faz o diagnóstico baseado nas alterações identificadas no exame físico, aliado às alterações referidas pelo paciente e sua longa exposição ao fumo. O médico poderá, ainda, solicitar exames de imagem ou de função pulmonar, além de exames de sangue. Todos estes exames complementares irão corroborar o diagnóstico de DPOC. Os exames de imagem, como a radiografia ou a tomografia computadorizada do tórax mostrarão alterações características da doença. A espirometria, que é um exame que demonstra como está a função pulmonar, usualmente demonstra a diminuição dos fluxos aéreos. Neste exame, a pessoa puxa o ar fundo e assopra num aparelho que medirá os fluxos e volumes pulmonares. Outro exame importante é a gasometria arterial, em que é retirado sangue de uma artéria do paciente e nele é medida a quantidade de oxigênio. Nas pessoas com DPOC, a oxigenação está freqüentemente diminuída.
Como se trata?
A primeira coisa a fazer é parar de fumar. Nas pessoas com muita dificuldade para abandonar o fumo, podem ser utilizadas medicações que diminuem os sintomas causados pela abstinência deste. Os broncodilatadores são medicamentos muito importantes no tratamento. Podem ser utilizados de várias formas: através de nebulizadores, nebulímetros (sprays ou "bombinhas"), turbohaler ( um tipo de "bombinha" que se inala um pó seco ), rotadisks (uma "bombinha" com formato de disco que se inala um pó seco), comprimidos, xaropes ou cápsulas de inalar. Os médicos costumam indicar estes medicamentos através de nebulímetros, turbohaler, cápsulas inalatórias ou nebulizadores, por terem efeito mais rápido e eficaz, além de contabilizarem menos efeitos colaterais. Contudo, os medicamentos corticosteróides também podem ser úteis no tratamento de alguns pacientes com DPOC. O uso de oxigênio domiciliar também poderá ser necessário no tratamento da pessoa com DPOC, melhorando a qualidade e prolongando a vida do doente. Além disso, a reabilitação pulmonar através de orientações e exercícios também poderá ser indicada pelo médico com o intuito de diminuir os sintomas da doença, a incapacidade e as limitações do indivíduo, tornando o seu dia-a-dia mais fácil.
Devemos lembrar a importância da vacinação contra a gripe (anual) e pneumonia, que, geralmente, é feita uma única vez.
Como se previne?
Evitar o fumo é a única forma de prevenção da doença. A terapia de reposição de nicotina ou o uso de uma medicação chamada bupropiona poderá auxiliar neste sentido.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Tem como o médico antever os casos de fumantes que evoluirão para tal doença?
Quais as principais diferenças entre a DPOC e a asma brônquica?
O que há de novo em relação ao tratamento da DPOC?
Quais os pacientes que deverão fazer a reabilitação pulmonar como auxílio no tratamento?
Fonte: abcdasaude.com.br/artigo.php?157
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Diabéticos reivindicam a aprovação da lei que garante medicamentos
Pgm Jornal Cidade Verde Tv Cidade Verde (Teresina-PI)
08/06/11
08/06/11
terça-feira, 7 de junho de 2011
Todos à Caminhada
Neste sábado, dia 18, tem a Caminhada Assina Elmano. É protesto dos diabéticos que pedem o "sim" do prefeito Elmano para mais qualidade de vida das pessoas portadoras da doença. A Caminhada acontece a partir de 17h na avenida Raul Lopes. A concentração será às 16h. Já dissemos aqui antes e voltamos a repetir que esse movimento não pode parar e tem o nosso apoio total. Assina Elmano!!
terça-feira, 31 de maio de 2011
Dia mundial de combate ao Fumo: Fumar pode deixar você na cadeira de rodas
Hoje é o Dia Mundial de Combate ao Fumo e resolvi aproveitar para contar minha história para vocês.
Cigarro causa câncer de pulmão, causa câncer bucal, aumenta os riscos de doenças cardiovasculares. Fumar mata! Isso não é novidade, está na mídia e nos pacotes de cigarro, mas na maioria das vezes é uma realidade distante de nós.
Durante muitos anos fui uma fumante passiva, fumei indiretamente durante toda a minha infância, meu pais eram fumantes… Meu pai após um problema de saúde largou o cigarro, morreu de acidente. Minha mãe fumou dos 12 aos 64 anos…é isso mesmo. E é a história recente dela que vou contar.
A Dona Sonia sempre foi uma pessoa ativa, jogou volei na adolescência, foi jogadora de boliche, tem formação superior, sempre foi super ativa e mesmo sem precisar, trabalhava. Tanto eu como meu irmão sempre reclamamos do cigarro e ouvíamos a mesma ladainha, era a vida dela… O que não lhe faltava era conhecimento sobre as consequências dos fumo. Em um rompante extremo, cheguei a dizer para ela que morrer era o menor dos problemas. O que se mostrou verdade.
Há três anos a saúde da D. Sonia começou a dar sinais de que não ia bem. Dores nas costas eram a desculpa para sair cada vez menos, sentia grande dificuldade para se locomover. Se alimentava no quarto. Desenvolveu um pseudo pânico de ir ao banheiro e passou a não beber água para urinar menos. Diante desse quadro e após muita luta meu irmão conseguiu levá-la ao médico (tinha total aversão). Continuava fumando.
Em um primeiro momento minha mãe foi diagnosticada como paciente psiquiátrica, tinha atitudes extremas de pânico e não falava coisa com coisa. Por sorte não havia vaga no pronto socorro para verificar seus sinais vitais e levaram-na até a UTI que estava vazia e possuia o equipamento necessário. De lá ela só saiu um mês e uma parada cardíaca depois…
As dores nas costas eram uma pneumonia, a dificuldade para se locomover acontecia em função da insuficiência respiratória. Portanto cada vez que ia ao banheiro, sentia falta de ar e passou a entrar em pânico por isso. Tem DPOC, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.
Fazem pouco mais de dois anos da primeira internação, pois tivemos outra a cerca de um ano atrás e desde lá minha mãe não faz mais nada sozinha. Está com o juízo perfeito (ou quase!!!), mas depende de cadeira de rodas, não se veste sozinha, usa fraldas etc
Tem todos os movimentos, mas não tem força para sustentar seu peso. Para caminhar sente falta de ar, mas se não caminha fica cada vez mais fraca. Faz fisioterapia para manter uma condição mínima e não sentir dor com a artrose que já se instalou no seu quadril. Tudo isso por levar uma vida sedentária e fumando sem parar. Será que valeu a pena?
É inevitável a comparação que faço dela com minhas alunas na mesma faixa etária e é triste, pois poderia ter uma vida muito diferente, mas a vida que está levando foi escolha dela.
Todos estamos sujeitos a adoecer e por isso perder nossa mobilidade, nossa liberdade. Existem alguns atos, algumas decisões que tomamos na vida que podem ser determinantes no desenvolvimento dessas doenças e que podem ser perfeitamente evitáveis dependendo apenas das nossas decisões. Levar uma vida saudável, sem uso de susbtâncias toxicas, alimentando-se adequadamente e fazendo atividade física, não nos garante vida longa, pois acidentes acontecem, mas garantem uma velhice com mais dignidade.
Postado por Profª Esp. Denise Carceroni em 31 de maio de 2011
http://www.fiqueinforma.com/saude
Cigarro causa câncer de pulmão, causa câncer bucal, aumenta os riscos de doenças cardiovasculares. Fumar mata! Isso não é novidade, está na mídia e nos pacotes de cigarro, mas na maioria das vezes é uma realidade distante de nós.
Durante muitos anos fui uma fumante passiva, fumei indiretamente durante toda a minha infância, meu pais eram fumantes… Meu pai após um problema de saúde largou o cigarro, morreu de acidente. Minha mãe fumou dos 12 aos 64 anos…é isso mesmo. E é a história recente dela que vou contar.
A Dona Sonia sempre foi uma pessoa ativa, jogou volei na adolescência, foi jogadora de boliche, tem formação superior, sempre foi super ativa e mesmo sem precisar, trabalhava. Tanto eu como meu irmão sempre reclamamos do cigarro e ouvíamos a mesma ladainha, era a vida dela… O que não lhe faltava era conhecimento sobre as consequências dos fumo. Em um rompante extremo, cheguei a dizer para ela que morrer era o menor dos problemas. O que se mostrou verdade.
Há três anos a saúde da D. Sonia começou a dar sinais de que não ia bem. Dores nas costas eram a desculpa para sair cada vez menos, sentia grande dificuldade para se locomover. Se alimentava no quarto. Desenvolveu um pseudo pânico de ir ao banheiro e passou a não beber água para urinar menos. Diante desse quadro e após muita luta meu irmão conseguiu levá-la ao médico (tinha total aversão). Continuava fumando.
Em um primeiro momento minha mãe foi diagnosticada como paciente psiquiátrica, tinha atitudes extremas de pânico e não falava coisa com coisa. Por sorte não havia vaga no pronto socorro para verificar seus sinais vitais e levaram-na até a UTI que estava vazia e possuia o equipamento necessário. De lá ela só saiu um mês e uma parada cardíaca depois…
As dores nas costas eram uma pneumonia, a dificuldade para se locomover acontecia em função da insuficiência respiratória. Portanto cada vez que ia ao banheiro, sentia falta de ar e passou a entrar em pânico por isso. Tem DPOC, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.
Fazem pouco mais de dois anos da primeira internação, pois tivemos outra a cerca de um ano atrás e desde lá minha mãe não faz mais nada sozinha. Está com o juízo perfeito (ou quase!!!), mas depende de cadeira de rodas, não se veste sozinha, usa fraldas etc
Tem todos os movimentos, mas não tem força para sustentar seu peso. Para caminhar sente falta de ar, mas se não caminha fica cada vez mais fraca. Faz fisioterapia para manter uma condição mínima e não sentir dor com a artrose que já se instalou no seu quadril. Tudo isso por levar uma vida sedentária e fumando sem parar. Será que valeu a pena?
É inevitável a comparação que faço dela com minhas alunas na mesma faixa etária e é triste, pois poderia ter uma vida muito diferente, mas a vida que está levando foi escolha dela.
Todos estamos sujeitos a adoecer e por isso perder nossa mobilidade, nossa liberdade. Existem alguns atos, algumas decisões que tomamos na vida que podem ser determinantes no desenvolvimento dessas doenças e que podem ser perfeitamente evitáveis dependendo apenas das nossas decisões. Levar uma vida saudável, sem uso de susbtâncias toxicas, alimentando-se adequadamente e fazendo atividade física, não nos garante vida longa, pois acidentes acontecem, mas garantem uma velhice com mais dignidade.
Postado por Profª Esp. Denise Carceroni em 31 de maio de 2011
http://www.fiqueinforma.com/saude
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Boa Notícia. Novo protocolo para a DPOC.
A Sociedade de Pneumologia do Piaui, representada pelos médicos Antonio de Deus e Tatiana Santos Malheiros Nunes, participou, juntamente com a Assistencia Farmacêutica do Estado, representada por Natalia Takeuchi Ayres e Elisangela Pereira Lima, do V Fórum de DPOC Norte-Nordeste na cidade de Manaus. O objetivo é estabeler protocolos baseados em evidência para tratamento de pacientes portadores de DPOC em saude pública. Uma das decisões acordadas foi a de haver a aprovacão do protocolo para tratamento da DPOC, em Diario Oficial, de cada um dos Estados.
Para os pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é um grande avanço, já que não existe, ainda, protocolo para dispensação de medicamentos específicos para a doença o que leva muitos pacientes a serem tratados como se asmáticos fosse. Esperamos e vamos cobrar para breve esse compromisso assumido pels atores desse processo.
Para os pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é um grande avanço, já que não existe, ainda, protocolo para dispensação de medicamentos específicos para a doença o que leva muitos pacientes a serem tratados como se asmáticos fosse. Esperamos e vamos cobrar para breve esse compromisso assumido pels atores desse processo.
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